quinta-feira, 30 de junho de 2011

Sobre não ter passagem...

Texto muito bom da Doula Pris que atua em São Paulo! Bastante esclarecedor! Leiam!

Todo mundo conhece alguém cuja o bebê nasceu através de uma cirurgia cesariana porque "não tem passagem". É um discurso que permeia o imaginário das mulheres e que, por vezes, está presente na fala dos próprios médicos!Mas o que 'raios' significa não ter passagem? Dá pra realizar esse diagnóstico só de olhar para a gestante? Isso é genético? Se minha mãe não teve passagem, eu não vou ter também? O que eu faço para ter a tal da passagem???? Socorro!

Calma, gente. Todo mundo tem passagem. Ou melhor, dilatação do colo do útero.

Durante a gestação, todos sabemos que o bebê fica posicionado dentro do útero, envolto pela bolsa das águas que contém o líquido amniótico. O colo do útero fica fechadinho e grosso, justamente para o bebê não nascer antes do tempo ideal.


Quando a mulher entra em trabalho de parto, esse colo, antes grosso, começa a afinar. Vocês podem ouvir na cena do parto o profissional dizer que o colo está grosso, médio, afinando, etc. Quando o colo termina de afinar, trabalhando em conjunto com as temidas contrações uterinas, ele começa a dilatar, pouco a pouco, em um processo que pode demorar horas...ou dias.
A dilatação do colo do útero começa com 1cm e segue se abrindo até completar os 10cm ideais para o bebê poder sair de dentro dele. A dilatação acontece na saída do útero e não na vagina, como muitos acreditam. A vagina é um músculo que contrai e relaxa, ok?


Os profissionais conseguem definir o quanto o útero está dilatado através do exame de toque obstétrico. Segue abaixo uma imagem que representa o posicionamento dos dedos do profissional durante o exame, que abre os dedos em formato de tesoura.


Estime-se que, em trabalho de parto, a dilatação aumente 1cm por hora. Mas isso não é uma lei, cada parto é um parto e a natureza age se permitirmos. Durante os primeiros centímetros, as contrações têm um intervalo maior, o que permite à mulher suportá-las facilmente. É o momento em que, em uma gestação de baixo risco, a parturiente pode ficar em casa, procurar se distrair e não se focar em cronometrar as contrações. Lembre-se: um trabalho de parto pode durar horas e é cansativo, aproveite esse período para descansar, relaxar.

Infelizmente, no cenário obstétrico atual do Brasil, temos que ter um profissional engajado na busca pela promoção da humanização do parto e nascimento, um profissional que esteja preparado para encorajar a mulher a aguardar pacientemente a dilatação se concluir e, principalmente, a encoraje e a permita trabalhar esse parto, com a ajuda de uma doula e do acompanhante, em um ambiente que não seja aversivo, de modo que o trabalho de parto transcorra de forma respeitosa, sem que sejam necessárias intervenções para acelerar o processo e que, consequentemente, aumentem as chances de a mulher precisar ser submetida à uma cirurgia cesariana.

Portanto, se você está grávida e seu médico só de olhar pra você disse que você não tem passagem, ou se a sua mãe precisou ser submetida à uma cesariana por esse motivo, não precisa se preocupar porque sem dilatação não há trabalho de parto, procure um profissional que tenha experiência e vontade de acompanhar partos naturais e fique tranquila, pois o seu colo irá dilatar na hora certa.

Durante o trabalho de parto, seu bebê estará sendo monitorado e qualquer alteração na frequência cardíaca do feto será identificada pelo profissional responsável, caso você precise ser submetida à uma cesariana para salvar o seu bebê da privação de oxigênio antes que a sua dilatação esteja completa, saiba que a indicação da sua cesariana será bebê apresentando sofrimento fetal e não "falta de dilatação" ou "de passagem".

Precisamos acreditar que todas essas mulheres vítimas do sistema, principalmente as brasileiras, não vieram com defeito de fabricação !!!
Fonte:  http://www.mamaealineamorim.com/2011/03/eu-nao-tenho-passagem-por-pris-rezende.html

Qual a diferença entre parto normal e parto humanizado?

Muitos ainda crêem que a única diferença entre parto normal e cesárea é que um corta embaixo e o outro corta em cima. Entre o parto hospitalar e o parto domiciliar, que a diferença é o lugar. E que parto normal ou vaginal é o mesmo que parto natural.

Está tudo errado.

Todos os bebês nascem. Nem sempre é como se deseja, nem sempre é como deveria ser. O fato é que todos os bebês nascem com ou sem a ajuda da tecnologia. Esta veio para ajudar aqueles raros casos que naturalmente, haveria algum dano.

Enfim, com médico, sem médico ou apesar do médico, todos os bebês nascem. Mas a ajuda é quase sempre bem vinda.

Vamos começar a colocar os pingos nos is.

Parto normal é como se chama tradicionalmente o parto vaginal, hospitalar, geralmente com muitas intervenções. Quando escutamos dizerem “parto anormal”, é deste parto que estão falando. Não há como ser a favor dele. As pessoas que o praticam, o fazem porque não conhecem outra forma e um bebê nascendo é sempre algo emocionante. Isso meio que apaga as dores das mãe. Alías, não é raro que elas se bastem pelo fato do filho ter sobrevivido, tamanho medo socialmente imposto.

Ora, entregar um bebê vivo á mãe é o mínimo que se deve fazer... Estar vivo não é luxo.

Parto domiciliar não se difere do parto tradicional hospitalar somente pelo local onde acontece. A segurança também não é discrepante, mas comprovadamente a mesma. Ou seja, não são as tecnologias invasivas e desnecessárias que tornam os partos seguros, mas que estragam muitas vezes partos que aconteceriam sem problemas, naturalmente.

Só estando dentro de maternidades, mas com o olhar de fora, para perceber o quão absurda é dizer que domiciliar é mais perigoso e fazer parecer que é tudo a mesma coisa, só muda a segurança que é “maior” no hospital.

Em casa, é imensurável a liberdade. Não acontece nada que a mulher não queira. Ali ela pode fazer coisas inaceitáveis num ambiente formal como um hospital, adotará as posições que sua natureza ordenar, sem quem diga que é ridículo, emitirá os sons que seu corpo pedir... Não terá infusões, cortes, apertos, críticas, ordens, normas... Isso aumenta muito as chances das coisas acontecerem. Vocês não imaginam o quanto!...

O parto domiciliar e o parto tradicional hospitalar são completamente adversos. Não é possível ter no hospital o que se tem em casa.

A cesárea é – ou deveria ser - uma cirurgia criada para ser um procedimento médico de emergência. Abrir um abdome jamais será uma coisa simples como a propaganda faz parecer ser. Fazer cesárea é comum, mas não é normal. Há danos físicos, uma cicatriz eterna, mas a cicatriz não é só na barriga: é a marca de que o processo foi impedido, falhou. Isto é muito sério para ser deixado de lado, só porquê mãe e filho estão vivos. Estas informações precisam ser divulgadas ás mulheres para que não permitam se submeter a isto.

Todas estas formas de colocar filhos no mundo certamente têm algum motivo para acontecer. Que cada um aprenda com o que já aconteceu, mas que faça diferente da próxima vez. Que não mine as gestantes que querem o parto que não lhe foi possível, ou que, como profissional, não pode dar. E que cada mulher encontre seu melhor caminho para ser a melhor mãe.

Fonte:  http://partolandia.blogspot.com/2009/08/parto-natural-parto-vaginal-parto.html

Parto com extração à Vácuo


Quando há uma indicação válida para acelerar o nascimento do bebê, pode-se escolher o parto vaginal instrumental em vez da cesariana, de acordo com diversos fatores.
Esses in- cluem a condição do feto e da mãe, o progresso do trabalho de parto, a dilatação do colo, a descida da apresentação, a posição e a moldagem da cabeça fetal, o conforto, a disposição e a cooperação da mãe, a experiência e as atitudes do profissional e a disponibilidade do equipamento necessário.
Poucas indicações de parto instrumental são absolutas, e há consideráveis diferenças regionais e internacionais na taxa de partos instrumentais. Vários procedimentos de assistência podem ajudar a atingir menores índices de parto assistido. Entre esses estão incentivar a presença de um acompanhante durante o trabalho de parto, o manejo ativo do atraso no segundo estádio do trabalho de parto com ocitocina eo uso de postura ortostática no parto.
Quando é usada analgesia peridural, esperar cessar o efeito analgésico e manter uma conduta mais liberal em relação à duração do segundo estádio também reduzirão a necessidade de parto assistido.
Há considerável discordância em relação ao método preferido. Nos países anglófonos, em geral, os fórceps são os instrumentos preferidos, embora esteja aumentando o uso de vácuo-extração quando é necessário parto instrumental.
A situação é inversa em muitos países europeus, onde os fórceps são usados com menor freqüência que a vácuo-extração.
O profissional é um importante determinante do sucesso ou do fracasso do parto instrumental. Os resultados desfavoráveis são quase sempre causados pela ausência de familiaridade do usuário com o instrumento ou com as regras básicas que regem seu uso.
A dilatação cervical completa é um pré-requisito para o parto vaginal instrumental. A estação e o grau de moldagem da cabeça devem ser cuidadosamente avaliados e sua posição conhecida com precisão. O uso de ocitocina pode ser melhor que o parto instrumental muito precoce para resolver um atraso no segundo estádio do trabalho de parto antes de a cabeça do bebê chegar ao assoalho pélvico.
As indicações comuns de parto instrumental, como sofri mento fetal ou atraso no segundo estádio do trabalho de parto, tendem a causar ansiedade na mãe e no parceiro.
Parte dessa ansiedade pode ser aliviada mantendo-os completamente informados sobre as razões e a natureza dos procedimentos realizados. Deve ser obtida analgesia apropriada e eficaz antes de se iniciar o parto instrumental. Via de regra, é necessário menor alívio da dor para a vácuo-extração que para o uso do fórceps.
Em geral, a vácuo-extração ou o parto com fórceps de alívio podem ser realizados confortavelmente com infiltração local do períneo ou bloqueio do nervo pudendo. Os partos com rotação por fórceps freqüentemente exigirão uma forma mais profunda de anestesia, como bloqueio peridural ou subaracnóideo.
O parto vaginal instrumental eletivo só foi comparado ao parto vaginal espontâneo em alguns pequenos estudos. O parto
instrumental causa traumatismo perineal muito maior (episiotomia e laceração) do que o parto espontâneo.
Os supostos benefícios do uso eletivo do fórceps para desprendimento no número ligeiramente menor de bebês com baixos valores de pH no sangue do cordão devem ser avaliados em relação ao problema mais freqüente de traumatismos vaginal e perineal maternos.
Foram usados vários formatos de ventosas para realizar a vácuo-extração. As ventosas de metal mais usadas são as de Bird modificadas. A ventosa posterior deve ser inserida em posição mais alta na vagina do que as ventosas anteriores. Isso permite posicionamento correto sobre o occipúcio quando a cabeça está defletida.
Mais recentemente, foram desenvolvidas diversas ventosas flexíveis, que acompanham o contorno da cabeça do bebê durante a aplicação. É menos provável que estejam associadas a traumatismo do couro cabeludo do que as ventosas metálicas, embora tenham sido descritas complicações graves, como: hemorragia subgaleal.
Por serem flexíveis, são fáceis de aplicar e não tendem a lesar a mãe. Como são limpas e esterilizadas montadas, não há problemas de montagem ou vazamento. Além disso, as opiniões das mulheres e obstetrizes sobre os instrumentos parecem ser favoráveis.
Todas as ventosas são satisfatórias para operações pélvicas médias, baixas e sem rotação. Os profissionais devem ser bem orientados para desenvolverem segurança em procedimentos pélvicos médios, baixos e sem rotação, antes de assistirem partos com rotação da cabeça.
A técnica básica é semelhante em todas as posições do occipúcio, e a experiência obtida com procedimentos sem rotação será inestimável ao se tentar realizar as operações com rotação, mais difíceis. Em um pequeno estudo, não foi demonstrada vantagem da geração gradual de vácuo em lugar da geração rápida.
Os poucos estudos realizados comparando entre si os vários desenhos de ventosas rígidas não demonstraram quaisquer diferenças de resultados. As comparações entre ventosas flexíveis e rígidas de vácuo-extração sugerem que é menos provável obter parto vaginal com as ventosas flexíveis, mas essas resultam em número significativamente menor de lesões do couro cabeludo fetal do que as ventosas de metal.
A taxa de sucesso com uma ventosa metálica é maior que com uma ventosa flexível, principalmente no caso de um bebê em posição occipitoposterior, em que a ventosa “OP” é muito útil. Como as ventosas flexíveis também são mais propensas a falhar com um bebê grande, uma cabeça alta ou uma grande bossa, é razoável limitar seu uso a partos mais diretos.
Apesar dessas desvantagens, vale a pena continuar usando as ventosas
flexíveis quando possível, porque elas estão associadas a menor traumatismo neonatal.
O risco de lesão do lactente está diretamente relacionado ao número de trações com o vácuo-extrator. Desprendimentos súbitos da ventosa podem causar lesão do couro cabeludo do lactente.
Em um estudo, o aumento do assinclitismo (apresentação oblíqua da cabeça fetal) e o aumento de sua
aplicação no momento do parto foram significativamente correlacionados a céfalo-hematoma. Não foi demonstrada vantagem da redução da pressão de vácuo entre as contrações.
Comparação entre vácuo-extração e fórceps
Com experiência adequada e posicionamento apropriado da ventosa, a maioria dos partos que requerem rotação instrumental da cabeça pode ser realizada por vácuo-extração, evitando assim a necessidade de rotação com fórceps, dolorosa e potencialmente traumática. Essa experiência não deve ser difícil de obter e deve fazer parte de todos os programas de especialização em obstetrícia.
Embora seja menos provável se obter um parto vaginal com o vácuo-extrator do que com o fórceps, a
vácuo-extração, com a ajuda do fórceps quando necessário, está associada a menor taxa geral de cesariana.
Os tempos médios entre a decisão de retirar o feto e o parto propriamente dito são semelhantes com o fórceps e a vácuo-extração, embora a variação do intervalo entre a decisão e o parto seja maior com o fórceps.
Isso se deve ao menos parcialmente ao tempo necessário para se instituir as formas mais complexas de analgesia usadas no parto com fórceps. A crença disseminada de que a vácuo-extração é lenta demais para
ser útil quando é necessário parto rápido em virtude de sofrimento fetal pode ser definitivamente sepultada.
Considerando-se todos os aspectos, na maioria dos partos vaginais instrumentais deve-se preferir a vácuo-extração ao fórceps. A reserva de um instrumento para aplicações rotineiras e do outro para situações particularmente difíceis seria imprudente. Mesmo extrações moderadamente difíceis, seja por fórceps ou por vácuo-extração, só devem ser realizadas se o operador tiver considerável experiência com o instrumento escolhido.
Na ausência dessa experiência, deve-se considerar a cesariana.
Efeitos maternos
É muito menos provável que o vácuo-extrator cause lesão materna grave do que o fórceps. Seu uso está associado a uma menor utilização de anestesia regional e geral, e a dor muito menos intensa para a mãe, tanto no momento do parto quanto no puerpério.
Efeitos no lactente
A vácuo-extração é mais propensa a causar céfalo-hematoma do que o fórceps, mas os fórceps são mais propensos a causar outros tipos de lesões do couro cabeludo e da face. Não foram constatadas diferenças significativas entre os instrumentos no tocante ao número de bebês que necessitaram de fototerapia.
Talvez devido à bossa causada pela ventosa rígida do vácuo-extrator, as mães tendem a ficar mais preocupadas com a aparência imediata do bebê nascido por vácuo-extração do que com fórceps. O vácuo-extrator parece estar associado a um aumento da incidência de hemorragias retinianas (embora esse último resultado seja muito influenciado por um único estudo que foi metodologicamente menos sólido do que todos os outros es-
tudos revistos).
Não há informações suficientes disponíveis para se avaliar os efeitos relativos dos dois instrumentos sobre o risco de morte perinatal ou sobre a condição dos lactentes a longo prazo. No único estudo randomizado de acompanhamento de coortes para os dois instrumentos, a incidência de problemas foi semelhante nos grupos do vácuo-extrator e do fórceps, mas os números de lactentes estudados eram pequenos demais para excluir qualquer coisa além de diferenças muito dramáticas nos resultados.
Estudos de acompanhamento não mostraram diferenças significativas nas opiniões maternas em relação aos instrumentos ou nas reinternações do lactente.
Deve-se ter uma indicação válida e as condições necessárias antes de se realizar um parto instrumental. O colo deve estar completamente dilatado; deve haver analgesia eficaz; e o profissional deve conhecer bem o instrumento escolhido.
Não há justificativa para um “parto instrumental difícil”. Quase sempre seria preferível realizar uma cesariana.
A redução do segundo estágio com parto instrumental eletivo pode resultar em ganho, sem importância clínica, no pH do sangue do cordão umbilical, mas pode causar aumento considerável do traumatismo vaginal e perineal materno.
O parto com fórceps e a vácuo-extração são, em grande parte, procedimentos análogos. As evidências disponíveis indicam que o uso de fórceps mostra maior tendência a resultar em lesão materna e depende mais de analgesia extensa ou de anestesia do que a vácuo-extração.
Mais textos sobre o assunto, pode ser lido aqui:http://brasil.babycenter.com/pregnancy/parto/forceps-ventosa/

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Mecônio: Sinal de sofrimento fetal?

Muitas mães tem pânico em ouvir falar de mecônio. Mecônio é o cocô verde que o bebê libera nos primeiros dias de vida, e algumas vezes na barriga da mãe. Quem nunca ouviu uma vizinha contando que o bebê da sobrinha engoliu mecônio, que o bebê da neta aspirou mecônio, que o médico marcou a cesárea porque o bebê tinha feito cocô na barriga…
Vamos desvendar os mitos agora!
Há dois motivos para eliminação de mecônio durante a gravidez: MATURIDADE FETAL, porque o intestino está funcionando a contento, o que é um bom sinal, e SOFRIMENTO FETAL, porque quando o feto está mal oxigenado aumenta a contratilidade dos intestinos e relaxam-se os esfíncteres (como quando estamos em uma situação de estresse).
Em um feto bem oxigenado, que elimina mecônio apenas porque está maduro, sua presença não traz maiores (aliás, nem menores) problemas. Esse feto maduríssimo e pronto para evacuar a cada instante também urina dentro da barriga. A urina é a principal fonte de produção do líquido amniótico, e quanto mais líquido mais fácil fica de o mecônio se diluir. Um bom volume de líquido amniótico indica que os rins fetais estão funcionando a contento, bem perfundidos (ou seja, o sangue chega lá e irriga bem os rins). Esse mecônio diluído dá o aspecto que chamamos de “tinto de mecônio” ou “mecônio fluido”. Aí, também, sem repercussões desfavoráveis. Evidências ultra-sonográficas sugerem que o feto pode evacuar algumas vezes dentro do útero e, ao nascimento, encontrar-se líquido CLARO,
Se o líquido amniótico está diminuído, não há como diluir o mecônio, aí temos o MECÔNIO ESPESSO, podendo mesmo assumir o aspecto característico de papa de ervilhas”. A preocupação nesse caso é com o motivo pelo qual o mecônio está espesso, porque o líquido amniótico pode estar diminuído fisiologicamente no final da gravidez e nas gestações pós-termo (que ultrapassam 42 semanas) ou por insuficiência placentária, reduzindo o fluxo sanguíneo para os rins fetais.
O risco de aspiração do mecônio e desenvolvimento de um quadro de pneumonite grave (Síndrome de Aspiração Meconial) é a maior preocupação nesses casos de mecônio espesso. Entretanto, o quadro só ocorre em bebês em sofrimento, que fazem movimentos de ‘gasping’ dentro do útero e, ao nascer, não têm os mecanismos fisiológicos para ‘clarear’ o mecônio.
Bebês hígidos, saudáveis, podem até aspirar mecônio mas os mecanismos pulmonares normais entram em ação para eliminar esse mecônio.
Concluímos, portanto, que o fundamental é distinguir se o bebê se encontra ou não em sofrimento. A ausculta dos batimentos cardíacos fetais (BCF) continua sendo a forma não-invasiva mais eficiente de se monitorizar o bem-estar fetal, podendo ser realizada de forma intermitente (com o sonar Doppler) ou contínua (pela cardiotocografia). Uma boa ausculta fetal durante o trabalho de parto é tranquilizadora. Se há alteração dos batimentos e a freqüência cardíaca fetal assume um padrão “não-tranquilizador”, está indicada a antecipação do parto, que pode ser por cesariana ou, se o evento ocorre no período expulsivo, através de fórceps ou vácuo-extração.
Alguns estudos apontam para um possível efeito benéfico da amnioinfusão(instilação de soro na cavidade amniótica por via cervical), no sentido de prevenir as desacelerações freqüentes nos casos de oligo-hidrâmnio, porém ainda não há evidências suficientes para apoiar sua indicação rotineira. De acordo com a revisão sistemática da Cochrane, o procedimento pode levar a redução das taxas de cesariana por ‘sofrimento fetal’.
Esse texto foi escrito pela Dra. Melania Amorim, Obstetra renomada e completamente a favor do Parto Humanizado.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Vamos falar sobre o grupo?

Olá leitores, gestantes, doulas, colaboradores, e todos os que acessam o portal do GHUAPA.
Hoje eu estive pensando em como fazer com que nós, membros do GHUAPA, saibamos se o blog tem ou não uma repercussão boa. Isso porque, infelizmente, só vejo quatro seguidores e destes, um deles sou eu (dona Elisa).
Todos os dias nós do GHUAPA nos preocupamos em achar informações a respeito de parto, gestação, maternidade, que não seja ofensiva, invasiva e nem desmoralizante, mas sim informativa, construtiva e, esperamos, enriquecedora.
Mas algo me "encuca", o baixo número de avaliações e seguidores no blog. Não que o blog tenha que ter dois mil seguidores e quinhentas avaliações por dia, não é isso, na verdade o que quero propor é que as avaliações, no final das reportagens, sejam avaliadas para que saibamos o quanto repercutiu a postagem que foi feita.
O número de seguidores também é importante, pois assim, saberemos que  não estamos sozinhas, e as seguidoras poderão acompanhar instantaneamente aquilo que for postado.
Quero destacar também que ao lado esquerdo da tela tem os links de acesso à lista de discussão, á comunidade do Orkut e a lista de discussão (ou comunidade) do facebook.
A lista de discussão é importante para que possamos enviar notícias, discutirmos, entre outras coisas, sem que a integrante receba vários e-mails do GHUAPA na sua caixa de entrada. Mas, infelizmente, a lista ainda tem poucas integrantes, o que faz com que mandemos vários e-mails semanais, o que pode sobrelotar a caixa de e-mails de algumas pessoas, ou até mesmo incomodar, então, se puderem, requeira a sua participação à lista!
A comunidade do Orkut é o local de maior movimento do grupo, lá nós publicamos ainda mais artigos, reportagens, opinamos, há uma dinâmica muito boa, agradecemos às integrantes e ficamos muito felizes com isso.
E para maior acessibilidade, fizemos uma comunidade no Facebook. A do FB ainda possui um baixo número de membros, porém, ao seu modo, participativas. Pedimos que caso tenham conta do FB adicione a comunidade, o que facilita muito a comunicação.
Esses meios virtuais são a nossa fonte de divulgação do grupo, ainda, por isso é muito importante que quem apóie nossa idéia divulgue o trabalho do GHUAPA.
Quero agradecer a todas que nos deram apoio desde o início e que acredita na nossa idéia e nos nossos objetivos.
A respeito do blog, aqui temos o local de maior informação sobre o grupo. Há várias páginas como: Quem somos membros, as reuniões, fotos, entre outros.
Cada página conta um pouco sobre o grupo e, com certeza, sanará a maioria das dúvidas de quem quer participar ou simplesmente saber sobre o grupo e, caso a sua duvida não foi sanada o acesso ao endereço de e-mail está logo abaixo do local das reuniões, há os e-mails pessoais das administradoras do grupo e também o e-mail do grupo.
Bom, no mais, também gostaria de falar um pouco da nossa história, já que esse post é justamente para se falar sobre o grupo. Para quem se interessa, vai ser bom saber.
O grupo não foi uma idéia de uma pessoa só. Em Goiânia mulheres que buscam se informar sobre o parto Humanizado estão cada vez mais se aprofundando em dúvidas. Ao invés de serem orientadas são levadas a crer que nada poderão fazer e, sendo assim, se tornam reféns da escolha dos profissionais que na verdade, deveria orientá-las.
Não saber as opções que tem é a mesma coisa que não saber nada, e a grande maioria dos profissionais de saúde, na área de gestar e parir, se aproveitam disso. Não informam as pacientes e se quer querem informá-las, já que não lhe trará vantagens.
Após o parto da minha primeira filha busquei ainda mais saber quem estaria disposta a formar comigo um grupo de gestantes.
Grupo sim, aquele em que não necessariamente é formado por profissionais, mas um grupo de escolhas, de opções, de sabedoria, de troca de experiências e informações. Mas informações baseadas em evidências. E logo, claro, encontrei a Michelle.
Frequentadora assídua de todos os debates acerca de parto, qualquer tipo de parto e defensor do parto natural, humanizado, sem intervenções. Sabia que Michelle poderia contribuir 100% para todas nós.
Então pensei, farei o grupo! Não tinha nome, não tinha mais nada do que idéias. E o Grupo surgiu. Uma comunidade de somente um membro no Orkut, eu. Era o Grupo de Gestantes de Goiânia, no dia 24 de março deste mesmo ano. Há menos de três meses.
Sabia que não seria fácil, quem mais poderia ter acesso à comunidade? Quem mais saberia que ela existe e quem mais poderia me ajudar?
Dei-me conta de que Michelle não havia respondido meu recado, porque foi parar na caixa de spams. Sabia que tinha que fazer algo para que o grupo realmente tivesse o seu poder, mas também sabia que se alguém não tomasse uma iniciativa esse grupo nunca existiria. Então insisti com nossa membra Michelle e ela correspondeu, achando a idéia maravilhosa, já que ela também havia idealizado o mesmo. E me pergunto quantas mais?
O que eu sabia é que, por não ser uma idéia somente minha, o grupo tinha grandes chances de se tornar merecedor de um público alvo enriquecedor, tanto para mim, quanto para todas, vocês.
E logo tive a confirmação de que isso era fato. Uma nova integrante à comunidade, chamada Inês, nos escreveu, contou sua história, seu parto naturalíssimo e seu interesse pelo curso de doulas, que tanto a Nascer Cidadão (onde pariu) prometia.
Sabia que, imediatamente, ela seria parte contribuinte. E de fato foi, hoje está aqui conosco!
Antes que eu pudesse perceber o grupo já contava com diversos colaboradores, entre psicólogos, fisioterapeutas (juro que vou atualizar os contatos!!), doulas, naturólogas, obstetras humanizados (como a Zulmirene e Julio Porto – irei adicionar à lista o quanto antes), enfermeiras obstetras, nutricionistas (também gestantes, como a Patrícia, e participante do grupo), entre outras.
Fiquei maravilhada com o que conseguimos em pouco mais que dois meses, pouco mais que dois meses, nossa, como pode?
E não paramos por aí, programamos as reuniões, conseguimos arrecadar o maior número de vídeos possíveis, sejam por doações ou não, conseguimos um espaço para as reuniões e continuamos nossa jornada!
O Grupo passou de Grupo de Gestantes de Goiânia para GHUAPA, ou o Grupo de humanização e apoio ao parto ativo. E é grupo não por acaso, grupo não é curso. Não chamaremos ninguém por números ou adjetivos insólitos como mãezinha, mamãe, querida, flor. Chamamos pelo nome, mais do que isso, já estamos fazendo amizades, e sei que faremos mais. Não estamos aqui para ensinar como trocar fralda ou limpar o umbigo (pelo menos não somente), mas também para aconselharmos, motivar, fundamentar a busca pelo parto ativo e uma maternidade mais humana.
O que espero? Bom, sei que a partir de agora só posso esperar as melhores respostas a tudo aquilo que almejei, essas respostas são as colheitas daquilo que plantei, e sei que serão frutos maravilhosos.
A quem leu até aqui, muito obrigada! Tudo o que escrevi não conseguiria ter feito sem a mesma emoção com a qual agi, junto com todas vocês. E de coração, muito, mas muito obrigada mesmo!
Grande abraço, de todo o grupo GHUAPA!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Trabalho de parto tranquilo

Falando um pouco mais da pesquisa, sobre o fator indução.

O que com certeza leva os médicos fazerem indução e consequentemente fazer com que a mulher sofra (porque ficar imovel numa cama com contrações mega fortes e ainda amarrada para verificar batimentos cardiacos do bebe é uma tortura SIM!) é o fato das mulheres chegarem no hospital com pouca dilatação.


A primeira coisa que uma mulher deve fazer ao perceber que está em TP é manter-se calma. Dificil?

Sim, é muito difícil, principalmente para as mães de primeira viagem que não sabem exatamente como ele funciona, mas para seguir firme até o ato de parir, manter-se calma e relaxar no inicio é muito mais importante do que se imagina.

Algumas mulheres vão jantar com o marido, outras vão ao supermercado, outras vão a lavanderia (como eu) ou até fazer um soudi na casa...huahuahuahua

Tudo isso ajuda a dar uma relaxada, porque realmente não adianta sair correndo para o hospital aos primeiros sinais de sangramento, tampão ou contrações, é preciso saber identificar a fase certa de ir a maternidade.

Vou colocar aqui algumas dicas de como identificar o TP e como fazer para ajudar a evolução natural dele, antes de ir ao hospital ou clinica:

1- As contrações do TP são totalmente diferentes das contrações de Braxton Hicks (aquelas que temos durante toda a gestação, naquele momento em que a barriga fica dura) elas vem seguida de uma dorzinha na lombar ou no "pé da barriga" e pode ter certeza, elas não são imperceptiveis. Quando você sentir que alguma coisa mudou, que está começando o TP, deve tomar um banho quente e bem relaxante, se agasalhar bem e tentar descansar tirando uma soneca, independente da hora do dia, isso vai ajudar no acumulo de energia para o final, pois creia-me, será a hora eu que você mais vai precisar de forças.

2- Quando sentir que as contrações entraram num ritmo seguido, (de 10 em 10 minutos vem uma contração) comece anotar as contrações, peça ao marido, ou quem estiver com você para fazer isso e anote também a duração aproximada de cada contração que geralmente varia de 30 segundos a 1 minuto. Nesse momento concentre-se em respirar devagar. Massagens, palavras de apoio, água e alimentos leves são bem vindos e o parceiro pode ajudar seguindo as 10 maneiras de auxiliar uma mulher em trabalho de parto

3- Uma ótima posição para o TP é a de quatro ou de cocoras, onde a abertura do coccix fica no máximo e a gravidade também ajuda. Você pode ver essas e ou outras posições aqui.

4- Quando as contrações estiverem incomodando muito, tome novamente uma boa chuveirada quente, pois a agua ajuda acalmar o ritmo das contrações e aliviar o stress e o cansaço.

5- Crie um "ritual" para o seu TP com coisas que te acalmam e trazem boas lembranças. Valem: velas, incenso, óleos essenciais, imagens que trazem boas lembranças, fotos, amuletos, orações e tambem músicas que você goste. Tudo isso vai criar um clima propicio ao relaxamento e facilitar a dilatação.

6- Vale gritar no TP? Vale, desde que o grito seja em busca de força, de energia, como aquele grito que a gente dá quando está na torcida do futebol, não como quem está desesperada e descontrolada. Ah! Isso também não é fácil, porém se você não conseguir, não se reprima. rsss

7- Para identificar a fase de dilatação quase completa, avise seu companheiro, será o momento em que você começa a sentir que NÃO VAI MAIS AGUENTAR e começa a sentir uma leve tremedeira, calafrios e suor ao mesmo tempo. Essa é a fase de transição, e você pode ter certeza, ela dura em média meia hora (passa rápido!!!) e logo você estará com a dilatação completa.

8- Ao sentir-se assim é a hora de ir a maternidade, as contrações deverão estar de 3 em 3 minutos com duração de 40 a 50 segundos, e o expulsivo, mesmo depois da dilatação total, pode demorar ainda algumas horas. Ligue e avise que está indo ao hospital e não faça força, a não ser que ela seja involutária e procure uma posição confortavel para ir no carro. (geralmente a melhor é no banco traseiro na posição de quatro com alguns travesseiros para abraçar)

9- Ao chegar ao hospital não aceite cadeira de rodas, continue se movimentando e peça ao seu companheiro para agilizar burocrácias enquanto você será avaliada.

10- Muito provalvelmente, você estará no final do TP, por isso não permita que te impeçam de se movimentar, movimente-se da forma que achar melhor e até no momento de parir, escolha uma posição que seja confortavel para você e não para o médico. (Isto está nas recomendações da OMS para o parto).


Fonte:  http://maternajapao.blogspot.com/2008/10/um-trabalho-de-parto-tranquilo.html

sábado, 11 de junho de 2011

O Brasil é vice-campeão no número de cesarianas, mas isso pode ser mudado!

Matéria sobre a cesariana no Brasil e os benefícios sobre o Parto Natural.
é uma matéria simples, curta e sem maiores detalhes, foi apresentada pelo SBT reporter, mas vale a pena.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O Risco de Agendar um PC sem Necessidade


O risco de agendar um parto cesárea sem necessidade 
Novo estudo mostra que o risco de morte do bebê que nasce antes de
39 semanas é maior do que aqueles que chegam ao fim da gestação. Confira 




Cada vez mais os estudos confirmam e alertam o quanto adiantar o parto
sem necessidade, mesmo que em poucas semanas, traz riscos para o bebê.
Um deles, publicado este mês na revista científica
Obstetrics & Gynecology, revelou que antes de 39 semanas há risco
de morte para a criança. 


Para chegar a essa conclusão, os cientistas da March of Dimes Foundation, uma organização não governamental que encabeça campanhas nos
Estados Unidos para evitar nascimentos prematuros,
analisaram mais de 46 milhões de nascimentos, usando dados 
do National Center for Health Statistics U.S. O resultado revelou que a
taxa de mortalidade infantil era de 1.9 para cada 1.000 bebês
nascidos na 40a semana de gestação e subia para 3.9 para aqueles
nascidos pouco antes, na 37a semana. 


De acordo com Antônio Júlio de Sales Barbosa, ginecologista e obstetra
do Hospital Santa Catarina (SP), a pesquisa apenas reforça o que já é sabido entre os obstetras. “São considerados prematuros bebês que nascem com menos
de 37 semanas. Mas isso não quer dizer que aquele que chegou até a 
37a já possa nascer. Não é bem assim. Eles ainda têm um pequeno cumprimento de maturidade pulmonar a ser vencido – o que acontece entre a 38a 
 ou 39a semana”, diz. 


E o especialista reforça, ainda, que, mesmo na 38a semana, as
cesáreas eletivas (agendadas sem necessidade) podem trazer
surpresas, ao acarretar em complicações para os bebês, como infecções 
respiratórias, febre, alteração na temperatura. “Parece que uma 
semana é pouco, mas para o bebê na barriga é muito”, afirma Júlio. 


Sobre problemas respiratórios, aliás, cientistas da Universidade de
Illinois, nos Estados Unidos, já haviam mostrado como o risco de 
complicação acaba sendo maior para quem nasceu antes da hora.
Eles avaliaram mais de 230 mil partos feitos entre 2002 e 2008 
em hospitais dos Estados Unidos. Cerca de 7 mil bebês tiveram 
de ser internados em UTIs, sendo que, destes, mais de 2 mil 
sofreram de problemas respiratórios. Entre os casos de pneumonia,
por exemplo, o problema caiu de 1,5% entre os que nasceram de até 
38 semanas para 0,1% na 39ª semana. 


No Brasil, a maioria dos nascimentos na rede particular ainda é
feita por cesáreas. O maior problema é o crescente número de
cesáreas eletivas, ou seja, quando a cirurgia é agendada antes 
de a grávida entrar em trabalho de parto. Um dos riscos envolvidos
é a chance de o médico errar no cálculo gestacional e o bebê nascer prematuro. 
Com isso, a criança deixa de ganhar peso e de amadurecer os pulmões,
e ainda corre o risco de precisar ser internada em uma UTI neonatal por conta da prematuridade.
“Muitas cirurgias são feitas sem necessidade, apenas por comodismo,
tanto dos pais da criança, que querem se organizar melhor, quanto dos 
médicos, que não precisam desmarcar consultas para realizar um parto
a qualquer momento”, diz Alexandre Pupo Nogueira, ginecologista do 
Hospital Sírio-Libanês (SP). Nos Estados Unidos, dados do March of
Dimes mostram que 543 mil bebês (1 a cada 8 )  nascem prematuramente.


A situação é diferente quando a mãe entra em trabalho de parto e,
no meio do caminho, é preciso realizar uma cesárea. A chance de a
criança ter problemas pulmonares é menor porque, durante o processo, 
segundo Pupo, há uma série de transformações que acontecem na criança
que a deixam mais preparada para sobreviver fora do útero. “Não se deve
interferir num processo natural, a não ser em casos específicos em que há risco
de vida para a mãe e o bebê”. A data provável dos partos é em torno de 40
semanas de gestação. E, se mãe e filho estiverem bem, esse prazo pode se 
estender até 41 semanas e 6 dias. 
Por que o número de cesárea só cresce? 


Por falta de informação , incentivo do médico ou até mesmo por medo do 
parto normal, as gestantes tendem a acreditar que a cesárea é o tipo de parto
mais seguro. Mas os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram
que é justamente o contrário. Um estudo, que avaliou mais de 100 mil
nascimentos em países asiáticos, mostrou que as grávidas que passaram 
por uma cesárea têm mais de sofrer complicações sérias, que podem 
levar à morte. Caso a cesárea seja realizada antes da mulher entrar em
trabalho de parto e sem indicação médica, os riscos são 2.7 vezes
maiores do que no parto vaginal, segundo as estatísticas. Já no caso dos partos
cirúrgicos feitos antes do trabalho de parto, mas com indicação médica, 
o número cai para 2.1. 


Ainda assim, se numa roda de conversa com outras mães, 
você perguntar quem teve parto normal, vai perceber que as estatísticas
sobre o parto cesárea no mundo são mesmo alarmantes. Dados do The
NHS INformation Centre, na Inglaterra, por exemplo, mostram que
25% dos partos no Reino Unido, entre 2008 e 2009, foram cirúrgicos.
Já nos Estados Unidos, em 2005, esse índice já era de 30,2%.
No Brasil, os números são ainda mais assustadores.
Somente no SUS, 33,25% dos partos realizados em 2008 foram
cirúrgicos, de acordo com o Ministério da Saúde, o que representa 
cerca de 655 mil cesáreas. Todos esses dados contrariam a
recomendação da Organização Mundial de Saúde, que determina 
que esse tipo de parto represente somente entre 10% e 15% do
total realizado em um país. 


Os benefícios do parto normal 


Para o bebê: esse tipo de nascimento é bom porque segue o processo natural.
Ela nasce na hora certa, a não ser nos casos de prematuros. 
Existem várias evidências e especulações de que o trabalho de parto
não é meramente uma atitude física de expulsão do bebê, e sim uma alteração 
de padrão hormonal em que há liberação de hormônios pela mãe e bebê que 
sinalizam que o momento de nascer está chegando. Outro beneficio é que 
o tórax do bebê é comprimido ao passar pelo canal de parto, o que faz 
com que ele expulse secreções das vias respiratórias, tornando-o mais 
adaptado a respirar. 


Para a mãe: além do aspecto psicológico, da satisfação da mulher
em poder dar à luz, a recuperação é mais rápida e são menores 
as chances de complicações após o procedimento, como sangramentos
ou infecções, por exemplo. 


Quando o parto cesárea é realmente necessário? 


-->Quando a placenta cobre parcial ou totalmente o colo do útero,
impedindo a saída do bebê, a chamada placenta prévia; 


--> Caso a mãe tenha herpes genital com lesão ativa até um mês antes do parto; 


--> Em casos raros de doenças cardíacas; 


--> Se o bebê está atravessado, mas antes é possível tentar ajudá-lo a ficar na posição correta; 


--> Nos casos em que a gestante tenha aids com varga viral muito alta ou 
desconhecida; 


--> Quando há descolamento prematuro de placenta; 


--> Se a abertura do colo da mãe é pequena para o bebê, algo que ocorre em
menos de 5% dos partos; 


--> Nas situações em que o cordão umbilical penetra no canal de parto
antes do bebê; 


--> Se há diminuição drástica no fluxo de oxigênio ou nos batimentos
cardíacos, o que ocorre em apenas 1% dos partos. 


Fonte: 300 respostas da Crescer sobre gravidez 
http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI21536-10584,00-O+RISCO+DE+AGENDAR+UM+PARTO+CESAREA+SEM+NECESSIDADE.html

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Deixe o bebê decidir


Era uma tarde de sexta-feira ensolarada, e Tracy foi de três dias após a data de vencimento de seu primeiro bebê. Depois de terminar a chamada décimo do dia dos amigos bem-intencionados, mas ansioso e familiares, ela saiu pela porta para seu check-up semanal com seu obstetra. "Se você não entrar em trabalho de seu próximo compromisso, nós podemos ter que induzi-lo", disse seu médico havia recomendado. Tracy se perguntou se o ligeiras cólicas menstruais, como se ela tivesse tido nos últimos dias fez com que algo estava acontecendo no passado.
No consultório do médico, um exame vaginal revelou que Tracy foi de 2 centímetros de dilatação, colo do útero de 80 por cento apagados, com o bebê na estação de menos um. De acordo com uma ultra-sonografia, seu níveis de fluido amniótico parecia limite de baixa, e porque ela estava tendo contrações leves, o médico sugeriu que ela "ir para o hospital e ter um bebê hoje!"
Animado, Tracy chamou o marido no trabalho. Ele correu para encontrá-la no hospital, onde foi internada e ligado a um IV. Oito horas depois, sem avançar, Tracy recebeu uma anestesia peridural, eo trabalho foi induzido pela administração endovenosa de oxitocina droga comumente usada. Poucas horas depois, a bolsa das águas foi rompida artificialmente; 36 horas depois, Tracy estava se recuperando de uma C-seção após a entrega de uma alimentação saudável, menina de 7 quilos. Por que Tracy tem que passar por uma C-seção? O que, se alguma coisa, tinha dado errado?
Quase duas décadas atrás, Roberto Caldreyo-Barcia, MD, ex-presidente da Federação Internacional de Obstetrícia e Ginecologia e eminente pesquisador sobre os efeitos de intervenções obstétricas, fez a impressionante declaração de que "oxitocina é o abuso de drogas mais no mundo de hoje. " um acordo com o Journal of American Medical Association, 16 por cento das mulheres grávidas são induzidas nos os EUA, outros 16 por cento em trabalho de parto espontaneamente, mas são ajudados ("aumentou") pela oxitocina ou uma variedade de outras intervenções de trabalho estimulante . duas estimativas variam Outros 12-60 por cento das mães, dependendo se os números se referem ao tipo de indução ou do aumento, a amostra da população, ou sócio-económico de fundo a mãe. 3-18
A oxitocina é um ocitocina sintética (hormônio natural que induz o trabalho) à base de extractos hipófise de diferentes mamíferos, combinada com ácido acético para ajuste de pH e de 0,5 por cento chloretone, que age como conservante. A Organização Mundial da Saúde lamenta rotineira Pitocin. Physicians 'Desk A referência diz que a oxitocina deve ser usado somente quando medicamente necessário, começando com uma dosagem mínima, já que não há maneira de prever mulher grávida resposta. A mãe induzidas devem receber oxigênio, ser continuamente monitorado por EFM, e competente, a supervisão médica constante. Ao primeiro sinal de superdosagem, tais como ou sofrimento fetal, oxitocina deve ser descontinuada eo paciente tratado com terapia de suporte e sintomático. Depois de ter sido induzida, a parturiente pode ainda ajudar o seu progresso de trabalho através de técnicas naturais como a caminhada (se ela não tivesse uma peridural), trocando posições, esvaziar sua bexiga uma vez por hora, e estimulação do mamilo. Oxitocina pode causar aumento da dor, sofrimento fetal, e retenção de placenta, e pesquisas recentes sugerem que a exposição à oxitocina pode ser um fator em causar autismo. 19-20
Uma pesquisa por Robbie Davis-Floyd, uma antropóloga cultural da Universidade do Texas, descobriu que 81 por cento das mulheres nos hospitais dos EUA recebem oxitocina ou para induzir ou aumentar os seus trabalhos. 21 Independentemente de exatamente quantos trabalhos são induzidas nos EUA de hoje, a maioria não é medicamente necessário, e entre 40 e 50 por cento resultaram em indução falhou. 22 Uma revisão da literatura médica sobre a indução rotineira do trabalho revela que a divergência entre os pesquisadores médicos em diferentes países é crescente, e não existem provas conclusivas de que a rotina indução do parto em qualquer idade gestacional, melhora o resultado para a mãe ou bebê. 23 Caldreyo-Barcia concluiu que a indução seja clinicamente necessária em apenas 3 por cento das gravidezes 24 e que, portanto, cerca de 75 por cento de todas as induções colocar a mãe eo bebê em risco . 25
O "entortamento Cultural do Parto"A indução do trabalho é definida pelo Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG) como "a estimulação das contrações uterinas antes do início espontâneo do trabalho com a finalidade de realizar a entrega" - isto é, artificialmente iniciar um trabalho que não começou, naturalmente, por conta própria.Aprimorando o trabalho, muitas vezes confundida com a indução é um processo um pouco diferente, ou usados ​​para ajudar a acelerar um trabalho que se iniciou por conta própria. Parteiras, médicos e outros profissionais de saúde têm sido a indução do trabalho por quanto tempo a raça humana tem tentado ganhar o controle sobre os processos da natureza. Um medo básico do processo natural do parto levou, durante muitos séculos, ao que o presidente da Fundação Americana para a Saúde Materno-Infantil Doris Haire descreve como "a deformação cultural do parto." Justificável medo sobre a possível morte de um bebê ou da mãe no parto, juntamente com as crenças na magia, rituais, drogas, remédios de ervas, e muito mais tarde, a tecnologia, tem levado ao uso de uma série de "curas" para o trabalho que didn 't parecem começar "a tempo".

Em breve continuação!

Tradução rapida da revista: Motherning.

terça-feira, 7 de junho de 2011

PNAC: Um manual para o sucesso. Parte 3


Assuma a responsabilidade pelo que acontece com você. Muitos médicos e enfermeiros não acreditam que eles têm a responsabilidade de educá-lo sobre VBAC, mas é útil e apreciado, quando o fazem. Esse é o seu trabalho. Você pode encontrar informações e apoio de organizações parto e professores, que têm listas de leituras recomendadas e folhetos de informação VBAC. A internet tem dezenas de sites VBAC. Quando você está olhando para o seu médico VBAC amigável ou parteira, levar em conta seu histórico de cesariana. Se a sua cesariana foi devido ao seu bebê estar em uma posição posterior, por exemplo, encontrar uma parteira que irá ajudá-lo a impedir que outro posterior. Sempre olhar para alguém, seja médico ou parteira, que tem muita experiência com as questões que lhe dizem respeito.A
Tenha seu VBAC no lugar mais seguro para você. Pesquisas mostram que os partos e em casa - quando as mulheres são bem nutridos e não tiveram assistência pré-natal - são tão seguros como os nascimentos hospitalares. Um estudo de 1989 dos centros de nascimento, certificado enfermeiras obstétricas mostraram que a satisfação das mulheres com os seus nascimentos foi elevada e que a taxa de cesáreas foi inferior a 5 por cento - um quinto da taxa dos EUA na investigação time.26 sobre a segurança dos VBACs estudou únicos hospitais, com excepção de um grande estudo de 1997 do PNAC fora dos centros de parto intra-hospitalar filiada à Associação Nacional de Centros de engravidar.Quarenta e cinco centros de nascimento em todo o país participaram do estudo, que analisou mais de 1.000 partos vaginais após cesáreas. Até o momento, não há estudos publicados sobre a segurança dos nascimentos VBAC em casa.
Os bebês saudáveis ​​pode nascer e teve boas experiências, não importa onde e como você tem seu bebê. Confie em suas próprias opiniões.Como você está pesando questões de segurança e entrevistar possíveis e hospitais, pergunte-se: "Com quem e onde eu iria sentir mais seguro?" E quando você fez sua escolha, abraçá-la como a melhor opção para você.
Evite pessoas - sejam familiares, amigos ou colegas de trabalho - que vai desanimá-lo de procurar um VBAC. Proteja-se e seu nascituro desde crítica a algo que você sabe é a coisa certa a fazer. Embora VBACs são mais comuns do que eram antes, algumas pessoas vão ser negativa, independentemente de se eles sabem alguma coisa sobre eles. Se você quiser, dar-lhes algum material de leitura em VBACs. Se as pessoas mais próximas a você continuar a casa, pedir-lhes para manter as suas preocupações para si enquanto estiver grávida, e tem outros mantê-los ocupados enquanto você estiver no trabalho. Não se sinta obrigado a constantemente tranquilizar as mesmas pessoas que VBACs são seguros.
Coma bem e faça exercícios regularmente. Não importa o quanto os bebês nascem, as mães e seus bebês sempre se saem melhor quando as mães estão bem alimentados durante a gravidez, de preferência começando antes da concepção. O ganho de peso recomendado atual é de cerca de 35 quilos, embora haja alguma evidência de que os ganhos de peso acima, que são muito bem se a mãe come segundo seu apetite. O ganho de peso de menos de 25 quilos não são recomendados.
Coma legumes e frutas frescas, sempre que disponíveis. Preste especial atenção aos alimentos que são ricos em vitamina E (frio pressionado óleos vegetais, vegetais de folha verde, leguminosas, nozes, sementes e grãos integrais). A vitamina E promove a cura e é necessário para o reparo do tecido. Algumas pesquisas sugerem que reforça cicatrizes.
Assim como uma dieta saudável, os benefícios que você e seu bebê, assim que faz pelo menos 30 minutos de exercício três vezes por semana. Para a maioria das mulheres grávidas, o exercício da escolha é a caminhada. Segundo alguns pesquisadores, de outras actividades de segurança são golfe, natação, corrida, dança aeróbica, esqui cross-country e ciclismo, e esportes de raquete.
Um estudo 1990 encontrou que as mulheres que continuaram a sua pré-gestacional em execução ou programas de aeróbica, em comparação com mulheres que tinham parado de se exercitar, tinha menos cesarianas e trabalhos mais curtos, e os seus bebés tinham menos indicativos de stress.27 fetal É claro, o bom senso deve ser o papel. Se você tem alguma dúvida sobre o funcionamento ou o aerobics, discuti-las com o seu médico ou parteira.
Corrida e aeróbica não são para a maioria das mulheres, no entanto. Outras pesquisas indicaram que o exercício regular, incluindo o passeio, os resultados nos trabalhos mais curtos, especialmente na fase de empurrar. Em vários estudos, mulheres que se exercitam tinham menos queixas e menos intensa a gravidez, como náuseas, dor lombar, dores de cabeça, fadiga e falta de ar. Muitos acham o exercício regular de ser um apaziguador de depressão também. Exercício durante a gravidez pode mantê-lo na melhor forma após o nascimento do bebê, e pode melhorar o seu coração e capacidades pulmonares.
O agachamento é geralmente não listado como um exercício de gravidez, mas ela deve ser, porque aumenta a mobilidade das articulações pélvicas. Trabalhe em sua vida diária - enquanto estiver jogando ou ajudar as crianças pequenas, pegar coisas do chão, ou jardinagem. não são comuns na Ásia, em parte porque as mulheres agachamento quando vão ao banheiro ao invés de sentar em vasos sanitários.
Os exercícios de Kegel irá reforçar a sua vagina e canal de parto. Para fazer os exercícios de Kegel, em primeiro lugar isolado do músculo (PC): sentar no vaso sanitário, começa a urinar, depois parar. Esse músculo que você sente quando você começar e parar de urinar é o músculo PC. Várias vezes por dia, fazer rápida aperta o músculo PC para a batida de seu coração. Em outras ocasiões, mantenha a compressão por 10 segundos antes de liberar. Apontar para um total de 15 minutos de Kegel por dia. Algumas mulheres fazem exercícios de Kegel parte de suas vidas, grávida ou não. Você pode fazer a qualquer hora, em qualquer lugar. Pratique o "aperto" em um semáforo ou em pé na fila do banco.
Converse com seu médico o que é uma quantidade razoável de exercício é para você, principalmente se você tem um histórico de parto prematuro ou sangramento vaginal, ou um problema cardíaco, ou se ela suspeita que seu bebê poderia ser. Um regime de exercício físico regular pode significar que o bebé pode pesam pouco menos do que bebês nascidos de mulheres mais sedentários.